Eu realmente fui feliz com aqueles caras. Não era uma banda, era uma família que dividia a intimidade através da música. Dialogávamos com nós mesmos através de jams, composições, shows e experiências. Não precisávamos falar. Tínhamos uma química desde a primeira vez em que tocamos juntos. Pensávamos tanto no futuro que esquecemos o quanto fomos felizes juntos. Era um amor igual, ninguém se amava mais. Cumplicidade que nos fez crescer como pessoas e músicos. Aprendi a tomar decisões, ser forte e amar aquilo que fazíamos por diversão. A música sempre foi tudo em nossas vidas. E todos nossos sentimentos eram visíveis através daquilo. Nada saia bom quando o clima estava pesado ou desgastante. O eu, o aprendizado. Não tínhamos máscaras. Éramos aquilo, gostando ou não. Nunca fizemos música pra agradar a ninguém, e sim, a nós. Acho que isso tudo se resumia em autenticidade, uma intimidade sem igual. E se acabou, eu não sei. Só sei que são lembranças boas que guardo pra sempre.
Um som que nunca vai se calar, a Supersonic.
Dedicado à Breno, Jamanta e Pedro.